Análise Mode

Análise Mode | Assassins Creed Origins

O (re)inicio da ordem dos assassinos!

Assassin’s Creed Origins foi uma daquelas franquias que provou do lado bom e do ruim que é oferecido pelos lançamentos anuais.

Até Assassin’s Creed III (alguns consideram até Assassin’s Creed IV: Black Flag), a franquia foi incrivelmente cultuada pela imprensa e principalmente pelos fãs que arrebatou. O problema veio com Assassin’s Creed Unity, o 1º exclusivo da atual geração de aparelhos

Ele começou a demonstrar que o modelo de lançamento anual (mesmo com várias equipes se dedicando à franquia) estava desgastando a franquia, sem muitas inovações na jogabilidade e forradas de bugs. Após a entrega do projeto Assassin’s Creed Syndicate, a Ubisoft tomou uma decisão drástica em Outubro de 2015: colocar a franquia no forno para reinventa-lá.

Com o ciclo planejamento / desenvolvimento / lançamento de 2 anos adotado, a desenvolvedora nos entrega Assassin’s Creed Origins.

Será que houveram modificações que justificam seu retorno?

O início da Irmandade dos Assassinos

Muito antes de Altaïr Ibn-La’Ahad (1165 — 1257) e Ezio Auditore da Firenze (1459 — 1524), existiu Bayek de Siwa (0088 — ????): o último dos “Medjay” (um tipo exército egípcio de elite, que atuava como escoteiros / protetores do deserto e de áreas que eram de interesse dos faraós) em atividade no Antigo Egito.

Protegendo seu povo em meio a uma guerra entre Cleópatra e Ptolemeu XIII, Bayek e sua esposa (Aya) ainda tem que lidar contra uma ameaça silenciosa e que cresce a cada dia: a “Ordem dos Anciões” (antecessores dos Templários). Isto é apenas uma parte do enredo de Assassin’s Creed Origins, que vai lhe tomar cerca de 35 à 40 horas só na trama principal e muito mais se você investir nas quests paralelas (sem DLC’s, que oferecem enredo adicional e deverás atrativo.

Reserve um tempo exclusivo para mergulhar na trama e nas ramificações!

A evolução do sistema de batalha

Origins ainda mantém algumas características da franquia (como a sincronia ou analise da região), mas a mecânica da batalha é uma das grandes modificações oferecidas pelo título.

Você tem a possibilidade de abater seu inimigo de uma forma furtiva (como em qualquer game da franquia Assassin’s Creed) ou partir para uma batalha direta, que lembra (e muito) as batalhas de For Honor, já que você tem que possuir um perfeito equilíbrio entre ataque / defesa / esquiva. Confesso que por estar com o antigo sistema na cabeça (e nos meus reflexos), encontrei certa dificuldade com o novo layout dos botões de ataque (que estão fixados em RB / RT no Xbox One e R1 / R2 no PlayStation 4).

Nada que um tempinho de treino não resolva!

O sistema de evolução de Bayek é no melhor estilo dos RPG’s japoneses, com uma progressão através de level / pontos de experiência. A liberação de skills é feita em uma grid parecida com as utilizadas em Final Fantasy XV, Darksiders e Horizon: Zero Dawn, deixando você escolher o melhor caminho para construir os poderes de Bayek, que desta vez, estão com uma variedade jamais vista na franquia.

Neste sistema de evolução do personagem (e do gameplay da franquia), temos a presença da Senu, uma águia que presta um auxilio fantástico à Bayek. Com ela, você pode sobrevoar uma região e analisar o LV. dos inimigos e encontrar a localização precisa de tesouros escondidos.

Claro, para um versão mais precisa da skill de análise de Senu, é necessário uma evolução da mesma com a sincronização do mapa / região por Bayek.

As maravilhas do mundo antigo

Os gráficos de Assassin’s Creed Origins são embalado por uma versão atualizada do motor gráfico AnvilNext 2.0. A Ubisoft já havia utilizado versões preliminares da engine em títulos como Assassin’s Creed Unity (2014), Assassin’s Creed Syndicate (2015), Tom Clancy’s Rainbow Six Siege (2015) e For Honor (2016).

Mesmo no Xbox One e PlayStation 4, a qualidade do visual está incrivelmente agradável, oferecendo cores vivas e um ecossistema detalhado. O efeito da água com Bayek ao por do sol é um dos melhores que já vi nesta geração!

Se você possuir um Xbox One S, PlayStation 4 ou PlayStation 4 Pro e uma TV com opção HDR, vai conseguir extrair efeitos adicionais da luz do sol batendo nas arquiteturas, nos lagos e areias do Egito (e ficam ainda melhores no Xbox One X!). O trabalho da Ubisoft Montreal com a AnvilNext 2.0 foi ao ponto de Origins ter o maior mapa / mundo aberto da franquia Assassin’s Creed e não exigir loadings nas mudanças de localidades.

Kudos!

A eterna maldição dos faraós

Se tem algo que a franquia não consegue se livrar (após eventos do lançamento de Assassin’s Creed Unity) e dos bugs, que não chegaram a me atrapalhar na campanha e estão em uma escala infinitamente menor do que surgiu no game de 2014.

Tive problemas também com o total desaparecimento de efeitos sonoros e músicas do game, o que me fez fechar o game e reiniciá-lo.

Talvez pela grandiosidade do projeto, a equipe de testes não conseguiu identificar erros de colisão e afins que só um teste em massa (o lançamento em si) consegue apresentar.

Resumindo

Assassin’s Creed Origins era o sopro de vida que a franquia precisava. 2 anos de um descanso ajudaram em muito na produção do título e na construção do hype pelos fãs.

Bayek se mostrou um protagonista carismático, não ao nível do jovem Ezio Auditore mas muito além de Altaïr Ibn-La’Ahad, que aliado as novidades do gameplay, upgrade gráfico para donos de Xbox One X e PlayStation 4 Pro e as quase 40h da trama principal, fazem valer o investimento da compra.

Vá sem medo… Assassin’s Creed Origins entra fácil na lista dos melhores de 2017!

Nota: 4.5 / 5

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